Realização: Amigos do Parque
Dividido em três setores de visitação - Floresta, Serra da Carioca e Pedra Bonita/Pedra da Gávea - o PNT tem opções de programas para todos os públicos: desde áreas para piquenique e churrascos até voo livre, escalada, trilhas e outras atividades. Entre os famosos cartões postais do país, temos o Morro do Corcovado, onde está localizada a estátua do Cristo Redentor, uma das sete maravilhas do mundo moderno, a Vista Chinesa, Pedra da Gávea, Parque Lage e Paineiras.
O Parque Nacional da Tijuca tem seu relevo montanhoso e acidentado, em que se destacam o Pico da Tijuca, o Corcovado e a Pedra da Gávea, o maior monolito a beira mar do mundo. Tudo isso atribui ao Parque uma beleza natural única, contrastando o verde da mata com as superfícies rochosas e o mar. As rochas que formam as montanhas do Parque Nacional da Tijuca são bastante antigas, com idades em torno de 1,7 bilhões de anos. A maioria delas é de gnaisse, uma rocha metamórfica, resultantes de um conjunto de processos geológicos que as “empurraram” para cima por meio de forças tectônicas. Também é comum encontrar no Parque rochas quartzíticas e calcissilicáticas. Como rochas menos antigas (cerca de 600 milhões de anos) são exemplos o granito da “Cabeça do imperador”, na Pedra da Gávea, e os granitos do Vale do Elefante e dos Urubus, no Grajaú.
O sistema fluvial do Parque Nacional da Tijuca é bastante extenso e variado. Entre os principais córregos e rios estão: o Rio Maracanã, Rio Carioca, Rio Cachoeira, Rio das Almas, Córrego da Pedra Bonita, Rio da Barra, Riacho Pai Ricardo, Rio Cabeça, Riacho da Lagoinha e Rio Silvestre. A famosa Cascatinha Taunay está entre as diversas quedas d`água do Parque, que também conta com a Cachoeira do Pai Antônio, Cachoeira do Ramalho, Cachoeiras do Horto, Cachoeira dos Primatas, Cachoeira das Almas, Cascata Gabriela, Cascata Diamantina, Cascata do Conde, Cascata da Cova da Onça, Cascatas das Sete Quedas, em meio a outras. No século XIX, a captação das águas do Parque Nacional da Tijuca era estratégica e primordial para o abastecimento da cidade, criando-se, no final daquele século, uma completa rede de pequenas represas, captando a água de diversos rios do Parque. Ainda hoje as águas do Parque abastecem diversos bairros vizinhos.
O Rio de Janeiro, assim como outras cidades litorâneas brasileiras, tem clima tropical atlântico (isto é, quente e úmido), o que significa verões chuvosos e invernos mais secos. A cidade, assim como todo o estado, depende diretamente da mata atlântica, incluindo aí a cobertura verde do Parque Nacional da Tijuca, para a manutenção do seu equilíbrio hidrológico.
As temperaturas médias na cidade variam entre 18°C e 26°C, mas elas só vêm aumentando nos últimos 100 anos. No entanto, dentro do Parque, o clima é sempre mais ameno. A vegetação contribui diretamente para que o microclima da região seja úmido, com a presença, em alguns horários do dia, de uma névoa recobrindo as matas. Essa névoa é resultado da evapotranspiração, ou seja, as árvores devolvem ao ar o excesso de água que foi absorvido.
As chuvas são abundantes na região, superando 1.500mm/ano. E não é raro a floresta ser vítima das águas. Algumas dessas chuvas, como a que ocorreu em 2010, podem causar grandes danos e criar cicatrizes na mata. Para evitar e minimizar esses problemas, várias medidas são tomadas, sobretudo o plantio constante de espécies nativas.