Realização: Amigos do Parque
O Parque Nacional da Tijuca possui uma fauna relevante tanto de invertebrados (platelmintos, moluscos, anelídeos e artrópodes) quanto de vertebrados (peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos). Os animais invertebrados possuem um importante papel no ecossistema, contribuindo para a decomposição de matéria orgânica e a ciclagem de nutrientes, realizando a polinização das plantas para produção de frutos e atuando como elementos fundamentais na cadeia alimentar. Os vertebrados são fundamentais para o equilíbrio ecossistêmico e para a manutenção dos processos ecológicos, interagindo de forma complexa com o ambiente e os seres vivos. A fauna de vertebrados no Parque Nacional da Tijuca é relativamente diversa e inclui espécies de mamíferos de médio porte, répteis e espécies de pequeno porte como anfíbios e aves.
Atualmente, ocorrem 63 espécies de mamíferos de médio e pequeno porte no PNT, com destaque para o macaco-prego (Cebus apella), o cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), o tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla), a paca (Agouti paca), a preguiça (Bradypus variegatus), a cutia (Dasyprocta leporina), o ouriço-cacheiro (Coendu insidiosus), o gambá (Didelphis marsupialis), o tapiti (Sylvilagus brasiliensis), o caxinguelê (Sciureus aestauans), o morcego-beija-flor (Glossophaga soricina) e o quati (Nasua nasua), animal símbolo do parque.
Infelizmente, devido à caça e à redução e à fragmentação do habitat, os mamíferos de grande porte, como a onça e a anta, foram extintos do parque.
O Parque Nacional da Tijuca exerce um papel extremamente importante para a conservação de muitas espécies de aves na região, onde muitas são consideradas endêmicas.
Apesar de ter sofrido grandes alterações, ainda possui uma avifauna razoavelmente rica com 226 espécies, com destaque para o tucano-do-bico-preto (Ramphastos vitellinus), o tico–tico (Zonotrichia capensis), o tangará-dançarino (Chiroxiphia caudata), o cuspidor-de-máscara-preta (Conopophaga melanops), o pica-pau-anão-barrado (Picumnus cirratus), a saíra-sete-cores (Tangara seledon), o gaturamo-verdadeiro (Euphonia violacea), o tiê-preto (Tachyphonus coronatus), o tangarazinho (Ilicura militaris), a maíra-da-mata (Hemithraupis ruficapilla), a maitaca-verde (Pionus maximiliani), o periquito-rico (Brotogeris tirica) e a tiriba-de-testa-vermelha (Pyrrhura frontalis).
Os anfíbios podem viver em diferentes ambientes, como serapilheira, bromélias, arbustos, árvores, gramíneas e próximos a corpos d’água. Devido a sua sensibilidade aos poluentes, os anfíbios são ótimos bioindicadores de qualidade ambiental. No Parna Tijuca ocorrem 39 espécies de anfíbios, entre elas a rãzinha (Adenomera marmorata), o sapo (Aplastodiscus albofrenatus), a rã de Goeldi (Flectonotus goeldii) e o sapo cururuzinho (Bufo ornatus).
Os répteis são elementos importantes no meio ambiente, controlando as populações de suas presas (insetos a roedores), atuando como base da dieta de muito predadores e ajudando a manter o equilíbrio da complexa teia alimentar no ecossistema. No PNT ocorrem 31 espécies de répteis, como os lagartos (Ameiva ameiva, Tropidurus torquatus e Tupinambis merianae) e as serpentes Bothrops jararaca (peçonhenta), Siphlophis compressus e Liophis miliaris (não-peçonhentas).
Os animais invertebrados possuem um importante papel no ecossistema, contribuindo para a decomposição de matéria orgânica e a ciclagem de nutrientes, realizando a polinização das plantas para produção de frutos e atuando como elementos fundamentais na cadeia alimentar.
Foram identificadas várias espécies de animais invertebrados vivendo no PNT como, por exemplo, os escorpiões (Tityus costatus e Thestylus glazioui), o camarão-de-água-doce (Macrobrachium potiuna), as libélulas (Castoraeschna castor e Libellula herculea), os besouros (Austrolimnius laevigatus e Phanocerus clavicornis) e as borboletas (Melinaea ludovica, Parides tros e Morpho achilles).