Realização: Amigos do Parque
17 de fevereiro de 2020
Com o objetivo de oferecer uma estrutura compatível com um dos pontos turísticos mais emblemáticos do Brasil, o projeto é mais um passo importante no ordenamento e qualificação do turismo no Corcovado. A primeira fase das obras do Centro de Visitantes das Paineiras iniciam até setembro de 2015 e a previsão é que sejam concluídas até os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. Nos últimos anos foram implementadas melhorias, como os elevadores e escadas rolantes, a proibição de estacionamento aos pés do monumento, a criação da linha de van e a recuperação da vegetação ao longo da Estrada do Corcovado. Agora o que se pretende é dar conforto e alternativas recreativas para os visitantes que aguardam o embarque para o Corcovado e ainda oferecer serviços de alimentação, banheiros e conveniências.
O projeto arquitetônico foi escolhido em um concurso nacional organizado pelo IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil) e selecionado por uma comissão de notáveis, como a melhor solução para ordenar a visitação no principal atrativo turístico do país. O Estúdio América foi o escritório vencedor e Guilherme Motta é o arquiteto responsável. Toda a área do Centro de Visitantes das Paineiras está inserida no Parque Nacional da Tijuca, que é uma área tombada pelo Iphan e considerada patrimônio nacional. Apesar do prédio do antigo Hotel Paineiras não ser tombado, o projeto arquitetônico prevê a manutenção das características principais do edifício. A realização das obras está sob responsabilidade do consórcio montado por Cataratas do Iguaçu S/A, Beltour Turismo & Transporte e Esfeco Administração Ltda.
O consórcio venceu a licitação organizada pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), que é o responsável pelo Parque Nacional da Tijuca.
O PROJETO
Na primeira fase das obras haverá a recuperação da área onde fica o esqueleto do antigo Hotel Paineiras, abandonado há 30 anos e o alpendre ao lado. Neste local será criado um espaço com serviços de alimentação, banheiros, áreas para descanso e para apreciar a vista panorâmica do Rio de Janeiro, além de loja de lembranças e espaço cultural para eventos. Uma importante exposição multimídia permanente sobre o Parque Nacional da Tijuca, outras UCs, Mata Atlântica e diferentes biomas será montada no local também.
A segunda fase, ainda sob análise do IBAMA, inclui área de transferência /embarque e estacionamento que organizará o trânsito e o estacionamento nas Paineiras.
CUIDADOS COM O MEIO AMBIENTE
– Projeto escolhido em concurso nacional foi a solução que mais preservava a floresta.
– O projeto será totalmente realizado dentro da área onde já existem construções e não vai avançar na floresta.
– Retirada de árvores e arbustos foi concentrada apenas na vegetação ornamental do antigo hotel, plantadas em áreas de uso público. Do local, foram retiradas 196 árvores, sendo 122 exóticas. Vinte e uma delas eram jaqueiras, espécie que é considerada uma praga para a Mata Atlântica, pois impede a germinação das espécies nativas. Também foram retiradas 74 árvores nativas, que cresceram por cima de áreas nas quais já existiam construções e não estavam numa área florestal.
– Ao final das obras, serão plantadas 336 árvores de espécies da Mata Atlântica em local a ser determinado pelo ICMBio, gestor do Parque Nacional da Tijuca.
– O projeto conta com sistema de captação de água das chuvas, energia solar e coleta seletiva de lixo.