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Realização: Amigos do Parque

Novos bugios chegam ao Parque Nacional da Tijuca

16 de abril de 2023

Família de oito bugios vai ficar alguns meses em um cercado de aclimatação até ser liberada na natureza, quando vão se juntar ao grupo liberado em 2015

O Refauna, o Parque Nacional da Tijuca e o Centro de Primatologia do Rio de Janeiro do INEA (CPRJ-INEA) levaram para o Parque, na última terça-feira (11/04/2023), uma família inteira, com oito macacos bugios, para dar continuidade à reintrodução desta espécie na unidade de conservação. Graças aos resultados promissores, traduzidos com a crescente população dos macacos liberados anteriormente, as três instituições dão continuidade na parceria e esperam soltar esses novos moradores daqui a poucos meses.

Momento da soltura, no recinto de aclimatação, de um dos integrantes da família de bugios. Foto: Flávia Zagury

“Eles chegaram no Parque nesta terça (11/04/2023), onde ficarão em um recinto e passarão por um período de aclimatação para se acostumarem com a floresta. É uma família com um macho, duas fêmeas e cinco filhotes (três fêmeas), sendo que um nasceu em dezembro de 2022 e o outro nasceu nesta semana. Todos fizeram exames criteriosos para garantir que estão saudáveis e foram vacinados contra febre amarela. São protocolos que ajudam, inclusive, a proteger a floresta garantindo a entrada de animais com boas condições de saúde”, explica Marcelo Rheingantz, biólogo da UFRJ e diretor executivo do Refauna. 

Viviane Lasmar, chefe do Parque Nacional da Tijuca, explica que, uma vez que os bugios estejam soltos, daqui a alguns meses, o público se torne um parceiro, principalmente na questão da alimentação. “Os visitantes e os moradores do entorno do Parque podem colaborar evitando dar alimentos para a fauna silvestre do PNT. Não oferecer alimento e nem água para os bichos é fundamental para ajudar na conservação das nossas espécies”, reforça Viviane.

Transporte dos bugios foi feito com o apoio das equipes do Parque Nacional da Tijuca. Foto: Vitor Marigo

A primeira fase da reintrodução dos bugios ocorreu entre 2015 e 2016, quando foram levados os primeiros primatas desta espécie para o parque. E é justamente essa primeira leva que tem comprovado o sucesso da iniciativa. De acordo com especialistas, animais selvagens só se reproduzem se estiverem saudáveis e com alimento abundante, como um sinal de que estão vivendo bem. Do contrário, guardam forças para sobrevivência básica.  

“No caso dos bugios liberados há oito anos, temos certeza de que eles estão encontrando tudo o que precisam no Parque e indo além, tendo energia de sobra para se reproduzir. Isso é um indicativo de sucesso. A taxa reprodutiva deles, dentro do Parque Nacional da Tijuca, é surpreendente: desde que o primeiro casal foi solto, em 2015, tivemos o nascimento de um filhote por ano – essa natalidade chega a ser maior que em outros lugares naturais.”, ressalta o biólogo que acompanha os dados do projeto.

Crédito das fotos: Vitor Marigo e Flávia Zagury

História do Refauna

O Parque Nacional da Tijuca, além de ser a casa para onde esses animais são trazidos de volta, é também onde o Refauna foi idealizado. Uma servidora aposentada do ICMBio, chamada Ivandy Castro, notou a ausência de cutias no Parque Nacional da Tijuca,  espécie corriqueira em outras unidades de conservação e que são importantes dispersoras de frutos. Diante disso, em 2008, ela sugeriu a Alexandra dos Santos Pires e Fernando Fernandez a sua reintrodução. Além disso, o Parque, por meio de seus servidores e pesquisadores, ajuda com equipamentos, materiais, auxilia nas atividades de campo e de transporte dos animais, articulado em conjunto com as demais instituições parceiras do Refauna.


Sobre o Refauna O Refauna busca restaurar as interações ecológicas que foram perdidas em florestas defaunadas através da reintrodução de vertebrados em remanescentes de Mata Atlântica. Desde 2010, o Refauna luta para reverter a síndrome de florestas vazias em remanescentes de Mata Atlântica. Para isso, trabalha para restaurar as interações ecológicas que foram perdidas através da reintrodução de vertebrados. Sua missão é promover a translocação de populações animais, visando a conservação de espécies nativas e a restauração de interações e processos ecológicos em áreas naturais.

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