Realização: Amigos do Parque
13 de julho de 2022
O Parque Nacional da Tijuca lamenta, com profundo pesar, o falecimento de Alceo Magnanini – o primeiro chefe desta Unidade de Conservação (UC). Alceo foi um dos mais importantes ambientalistas do nosso país.
Ele era agrônomo, professor, especialista em Ecologia e Conservação da Natureza e, para citar apenas um de seus muitos trabalhos importantes, ele foi um dos responsáveis pela criação do Código Florestal Brasileiro de 1965. Aqui, no Parque Nacional da Tijuca, Magnanini ele se empenhou para que a Floresta da Tijuca e outras florestas da região estivessem reunidas e protegidas sob um Parque Nacional. Foi ele quem incorporou, ao projeto inicial do Parque, a Pedra da Gávea, a Pedra Bonita e a Serra da Carioca.
Em sua homenagem, já há alguns anos, a biblioteca do Parque tem o nome de Alceo, como um reconhecimento de sua importância para esta UC (veja a imagem ao lado).
Alceo nasceu na cidade de São Paulo, mas logo mudou-se para o Rio. Em terras fluminenses, ele cursou Agronomia na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro em 1944 e, posteriormente, estudou, no Brasil e nos Estados Unidos, sobre Zoologia, Ecologia, Biogeografia, Edafologia, Forestry Leadership e Administration on National Parks and Equivalent Areas (em tradução livre: Liderança Florestas e Administração de Parques Nacionals e Áreas Equivalentes).
O ambientalista participou da delimitação da parte sul da Amazônia e ao longo de sua vida escreveu mais de 170 livros e artigos. Nos últimos anos, ainda no serviço público, Magnanini atuou como consultor da Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) do Rio de Janeiro.
Ele faleceu na tarde desta segunda-feira (11/7), vítima de Covid. O enterro ocorreu ontem (12/7), em um cemitério em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, onde foi sepultado pela família.
Foto: Antonio Batalha