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Controlado incêndio no Vale do Quitite, no Parque Nacional da Tijuca

27 de junho de 2020

Imagem para mostrar boa parte da equipe que trabalhou no controle do incêndio no Parque Nacional da Tijuca
Equipe integrada com brigadistas e voluntários do Parque Nacional da Tijuca e bombeiros do 1º GSFMA e do GOA. Foto: Brigadistas do Parque Nacional da Tijuca

O Parque Nacional da Tijuca registrou, na noite da última quarta-feira, dia 24, um incêndio do Vale do Quitite, na face do Parque voltada para a Zona Oeste, em Jacarepaguá. É a primeira ocorrência deste tipo dentro do Parque, agora em 2020. O fogo foi controlado na manhã desta sexta-feira, dia 26, após a união de esforços entre os brigadistas e voluntários do Parque com as equipes do 1º Grupamento de Socorro Florestal e Meio Ambiente (1º GSFMA) e do Grupamento de Operações Aéreas (GOA) – ambas do Corpo de Bombeiros.

Imagem noturna do incêndio no Vale do Quitite, no Parque Nacional da Tijuca, em junho de 2020
Imagem noturna do incêndio visto a partir da Zona Oeste do Rio.
Foto: Brigadistas do Parque Nacional da Tijuca

O dia 24 de junho é o Dia de São João e, infelizmente, a data ainda é marcada com a soltura de balões pelos céus da cidade – prática que é criminosa e pode render uma pena de 1 a 3 anos de detenção ou multa. Embora as equipes do Parque ainda não tenham encontrado nenhum vestígio de balão nesses três dias de trabalho, durante a última quarta, dia em que o incêndio florestal ocorreu, foram vistos alguns balões sobrevoando a região do Parque. A causa ou as causas possíveis estão sendo averiguadas e a queda de um balão é uma das possibilidades.

Sobrevoo acima de focos de incêndio no Parque Nacional da Tijuca
Vídeo: Brigadistas do Parque Nacional da Tijuca

O alcance do incêndio

O impacto do incêndio cobriu uma área de 28,9 hectares, o que corresponde a cerca de 30 campos de futebol. O foco inicial foi perto da localidade conhecida como lagoa azul, no Vale do Quitite, mas ao longo dos dias o fogo quase alcançou o Pico do bico do papagaio, um dos pontos turísticos mais conhecidos do Setor Floresta do Parque.

Mapa da área do incêndio no Vale do Quitite
A área devastada é de cerca de 30 campos de futebol

A queimada atingiu áreas do Vale do Quitite que estavam em reflorestamento, feito com o apoio dos voluntários do Programa de Voluntariado do Parque. Júlio Cesar, monitor do Parque e brigadista voluntário, explica que, felizmente, a área não sofreu graves danos. “O vento forte desses dias, de alguma maneira, fez com que as mudas plantadas na região não fossem fortemente atingidas. A princípio, o dano foi superficial e não deve provocar a devastação desta área.”

A fauna, infelizmente, não saiu ilesa. Pelo menos uma espécie de cobra foi morta, uma cobra cipó, encontrada pelos brigadistas em uma área queimada. “No passado, até espécies de bicho preguiça foram encontradas carbonizadas pelas chamas de incêndios florestais”, relembra Eduardo Brito, também monitor do Parque e brigadista voluntário.

Foto exibe uma cobra cipó carbonizada pelas chamas do incêndio no Vale do Quitite, no Parque
Cobra cipó carbonizada em meio ao incêndio. Foto: Brigadistas do Parque Nacional da Tijuca

A complexidade de um combate a incêndio florestal

Carlos Tavares, Chefe do Parque Nacional da Tijuca, esteve a frente da operação junto com o Coronel Luz, comandante do 1º GSFMA dos Bombeiros. “A complexidade de uma operação de combate a um incêndio florestal envolve não apenas o combate terrestre ou aéreo ao fogo, mas também exige um rápido planejamento, com tomadas de decisão enquanto o incêndio acontece. Neste episódio, o sobrevoo da área possibilitado pelo apoio do helicóptero dos Bombeiros, permitiu que mapeássemos os focos de incêndio no GPS e, com isso, foi calculamos as equipes que iriam atuar em terra”, explica o Chefe do Parque.

Caminhão dos bombeiros parado ao lado de um tanque cheio de água
Caminhão dos Bombeiros parado ao lado de uma fireflex, um tanque com a água que será coletada no combate ao incêndio

A aeronave dos Bombeiros também ajudou no combate ao fogo, despejando água diretamente sobre os focos. Por terra, equipes mistas, compostas por brigadistas e voluntários do Parque e militares dos Bombeiros, utilizaram abafadores e bombas d’água na contenção do incêndio. Ao fim do dia, era realizado um novo sobrevoo para mapear novos focos e resgatar as equipes que estavam em locais de difícil acesso.

Você sabia?

  • Em 2019, o Parque Nacional da Tijuca registrou seis incêndios dentro de sua área. O maior deles ocorreu no Setor Pretos Forros, que é uma área do Parque que não está aberta à visitação. Este incêndio foi em fevereiro e atingiu uma área de 4,64 hectares;
  • Animais silvestres costumam ser vítimas das queimadas. Nesta ocorrência de agora, uma cobra cipó foi encontrada morta, queimada. No passado, até espécies de bicho preguiça foram vítimas dos incêndios;
  • Hoje, a tecnologia é um importante aliado. O uso de GPS e de drones pode permitir um mapeamento mais preciso da área atingida pelo fogo, o que ajuda a concentrar o combate em áreas mais críticas;
  • Fazer a denúncia antes do balão estar solto no ar aumenta a eficácia do combate ao crime de confecção, comercialização e soltura de balões. Receber a denúncia informando que objeto está no ar não ajuda como uma denúncia que indica, com antecedência, o local onde estão os responsáveis pelo balão. O telefone do disque denúncia é 2253 1177 e o aplicativo se chama “Dique Denúncia RJ”;

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