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Realização: Amigos do Parque

Casal de caçadores de animais silvestres que atuava no Parque Nacional da Tijuca é preso

16 de maio de 2025

Técnica utilizada pelos criminosos evidencia a importância de não alimentar animais silvestres, atitude que fragiliza a proteção da fauna

Uma operação conjunta de inteligência do ICMBio, da Polícia Federal, do Comando de Polícia Ambiental (CPAM) e do 6º Batalhão da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), da Polícia Civil e da CIVITAS (Central de Inteligência, Vigilância e Tecnologia em Apoio a Segurança Pública), da Prefeitura do Rio, resultou, hoje, na prisão de um casal que caçava animais silvestres dentro do Parque Nacional da Tijuca.

A ação foi comandada pelo setor de inteligência do CPAM, que foi auxiliado pela Delegacia de Meio Ambiente da Polícia Federal (DMA/PF/RJ) por meio do fornecimento de dados de inteligência para a captura do casal. No fim da manhã desta sexta-feira (16/05/2025), os criminosos entraram no setor Floresta do Parque e sua movimentação já era monitorada há semanas, em conjunto pelas forças de segurança.

Fêmea de macaco-prego de cerca de um ano estava presa dentro de uma mochila quando caçadores foram interceptados pela polícia

Os passos do casal dentro da mata foram acompanhados até que eles capturassem uma fêmea de macaco-prego e saíssem da Unidade de Conservação com o animal. De acordo com a PF, o objetivo seria traficar a espécie por meio de redes sociais e feiras clandestinas.

No deslocamento logo após sair do Parque, militares do 6º BPM interceptaram o veículo na altura do número 800 da Avenida Édison Passos, na Tijuca (RJ), onde efetuaram a prisão em flagrante com o macaco-prego dentro do veículo, preso em uma mochila, com sinais de estar dopado.

A fiscalização do ICMBio, junto com os policiais militares, fez a autuação do homem (29 anos) e da mulher (26 anos) no momento da apreensão e os conduziu para a delegacia da Polícia Federal, no Centro da cidade. Eles possuem registro por outros crimes ambientais. No veículo em que o casal estava, foram encontrados sacos, cordas, alimentos utilizados para atrair os animais (frutas, biscoitos, doces, ovos, etc) e uma caixa de medicamento.

Alimentos foram utilizados para atrair o animal silvestre

Já na delegacia da PF, o homem presente no veículo foi autuado por receptação qualificada, caça ilegal dentro de área de reserva ambiental e maus-tratos a animais, além de ter o telefone e carro apreendidos e encaminhado para o presídio. A mulher foi autuada por crime ambiental e será investigada ao longo do inquérito. Eles vão responder pelo crime de infrações contra a fauna, o que inclui a caça, disposto no artigo 24 do decreto 6514.

Método de caça evidencia o risco de alimentar animais silvestres

A fêmea de macaco-prego foi levada para ser atendido no Instituto Vida Livre, onde deve passar por exames para verificar o seu estado de saúde e confirmar ou não o uso de medicamentos para a sua captura. Para capturar o animal, os criminosos utilizaram diversos alimentos que normalmente são ofertados para a fauna silvestre e mudam os hábitos dos animais, deixando-os mais expostos.

“Alimentar um macaco-prego, que é uma espécie muito comum no Parque Nacional da Tijuca, faz com que ele perca o medo do ser humano para se alimentar com mais facilidade. Além de expor o animal ao risco de doenças humanas (e vice-versa), fragiliza o seu instinto natural de se manter longe das pessoas, de se manter arisco. Por isso, por melhor que seja a intenção, nunca devemos alimentar nenhum animal silvestre”, alerta a Chefe do Parque Nacional da Tijuca, Viviane Lasmar.

A operação contou, ainda, com o apoio da CIVITAS (Central de Inteligência, Vigilância e Tecnologia em Apoio a Segurança Pública), da Prefeitura do Rio de Janeiro. Eles foram procurados pelas forças de segurança para dar apoio com o veículo suspeito, incluindo no Cerco Eletrônico. No dia 13 de maio, a placa foi incluída no sistema da CIVITAS que monitora movimentações suspeitas em tempo real.

Interceptação do veículo contou com o apoio da CIVITAS, da Prefeitura do Rio

Além disso, um histórico de circulação anterior a essa data foi apresentado à polícia, para que padrões de circulação fossem identificados. Desde o dia 13/05, a CIVITAS, emitiu 10 alertas em tempo real, (repassados em tempo real também para a polícia), sendo o último deles, na tarde desta sexta-feira.

A ação desta sexta-feira ocorre no contexto da força-tarefa que está sendo montada para combater o tráfico de animais silvestres no estado do Rio de Janeiro. O grupo é integrado pela Polícia Federal, ICMBio, IBAMA, PMERJ, PCERJ e INEA, que vêm unindo esforços e trocando informações para combater os crimes contra a fauna, de forma a garantir a vida plena e liberdade dos animais nas florestas cariocas, além de prender traficantes de animais pelos crimes ambientais e outros que o cercam, como a receptação qualificada. Denúncias de crimes ambientais devem ser feitas para a Linha Verde do Disque Denúncia, no número 21-2253-1177.

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